sábado, 18 de fevereiro de 2012

18. Fevereiro




Desde o momento em que nos aprecebemos que ao Domingo tudo nesta cidade falecia temporariamente, as ruas ficavam desertas e as lojas estavam fechadas o dia todos, definimos que os sábados seriam para aproveitar para passear. Assim sendo, hoje seria o primeiro sábado para fazer o que eu gosto de chamar de “nenhum” porque ninguém, a não ser eu, ganha com o facto de eu ter feito um dia assim.
Não sei definir onde estive, não sei dizer se a estátua daquele homem era de um historiador, poeta ou o que seja (por mim até podia ter sido o maior cantor pimba de Valência que, em bronze, todos ficam imponentes...), mas gostei do que vi. Finalmente vi gente que não parecia da secundária (sim, porque 80 por cento do pessoal que vemos pela faculdade parece tirado da minha anterior secundária juntando um bocado mais de irreverencia e um sotaque um tanto ou quanto estranho). Vi gente loira, ruiva, negra, pequena, gorda, magra-que-mete-dó, gente com um braço deformado a fazer o seu dia em cima de uma bicicleta, vi pobres, gente que parece que pode comprar cada uma das lojas que enchem as muitas ruas desta cidade. E já falei de monumentos? Ficam aquém do que vi em Barcelona claro, mas ainda assim, adoro que a cidade onde viva agora tenha coisas tão bonitas.
E agora os pontos negativos: a minha estupidez. A minha estupidez de achar que todos os sapatos novos não vão dar problemas (que normalmente não me dão) e acabar com os meus pés numa tal lástima que me senti obrigada a comprar umas sabrinas baratinhas que encontrei em promoção. Mesmo assim, os meus pés já estavam com carne viva onde deveria nem ter estado uma bolha.

Até já Portugal *

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